Decidi cursar psicologia poucos meses antes de entrar na faculdade e poucos meses depois de começar o meu percurso de psicoterapia. Foi no consultório da minha primeira psicóloga, no final de 2017, que eu consegui dar espaço para o que eu realmente desejava, e, com isso, abrir mão de um ideal de vida que não era o meu. 

Durante o curso, segui os conselhos de uma professora de me deixar apaixonar por diferentes campos da psicologia e, a partir disso, vivi experiências na educação infantil, em grupos de acolhimento e no contexto jurídico que me transformaram. Mas foi na clínica que eu me deparei com um sentimento despretensioso, que me inspirou e me certificou que era por esse caminho que eu queria seguir. A psicanálise se fez uma boa companheira nesse percurso, embasando meus estudos e minha perspectiva de um mundo possível para além do "normal" e do padronizado. 

Na minha prática clínica, eu acredito e defendo uma psicologia e uma psicanálise pautadas na ética e na sensibilidade da escuta, prezando e respeitando aquilo de mais singular de cada sujeito que se propõem à um trabalho de análise. 

Acredito em uma psicanálise transformadora, que acompanha os movimentos do seu tempo e se reatualiza a partir do rigor e compromisso com uma prática subversiva, sensível e autêntica, visando uma vida em que os sofrimentos e as angustias ganham outros contornos.